O Procon-SP registrou 2.016 reclamações de consumidores que compraram produtos ou serviços durante a Black Friday. A maioria (639) das queixas está relacionada a atrasos nas entregas das mercadorias. Em seguida, vêm as reclamações sobre produtos ou serviços diferentes do adquirido (217), cancelamento de compras após a efetivação (195), maquiagem de desconto (183) e indisponibilidade do item promocional anunciado (175).

Os especialistas do Procon-SP consideram que essas informações podem servir de alerta para os consumidores e também para as empresas identificar eventuais gargalos e melhorar a gestão e o relacionamento com os consumidores. “Se bem utilizados, estes dados oferecem uma oportunidade de mudança estratégica para a melhoria de todo o negócio”, afirma o diretor-executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública recomendou que os consumidores redobrem os cuidados para evitar cair em armadilhas. Antes de fechar um negócio, o comprador deve analisar bem os valores dos produtos e ler com atenção as políticas de devolução e garantia de cada estabelecimento.

O Código de Defesa do Consumidor estabelece que toda publicidade deve ser clara e precisa, e o interessado tem direito a informações verdadeiras sobre os produtos, incluindo preço, características e condições de pagamento. Práticas como o aumento de preços antes do evento para simular um desconto maior são ilegais.

Além disso, a Senacon destaca que, em compras feitas fora do estabelecimento físico, o código garante aos consumidores o direito de arrependimento, ou seja, o cliente pode desistir da compra em até sete dias, com direito à devolução integral do valor.

“A Black Friday é uma grande oportunidade para consumidores e empresas, mas é também um momento em que precisamos redobrar a atenção com práticas abusivas e ofertas enganosas. A Senacon está monitorando o mercado para coibir essas ações e garantir que o consumidor brasileiro tenha um consumo seguro e vantajoso. Recomendamos que todos se informem e exijam seus direitos para fazer uma Black Friday realmente consciente”, ressaltou o secretário Wadih Damous.

Em resumo, o Procon-SP registrou 2.016 reclamações de consumidores que compraram produtos ou serviços durante a Black Friday, com a maioria das queixas relacionadas a atrasos nas entregas. A Senacon recomendou que os consumidores redobrem os cuidados para evitar cair em armadilhas e exijam seus direitos. O Código de Defesa do Consumidor estabelece que toda publicidade deve ser clara e precisa, e o interessado tem direito a informações verdadeiras sobre os produtos.