Em meio à grande expectativa em relação ao anúncio de um pacote fiscal no Brasil, o valor do dólar variou ao longo do dia, com altas e baixas, mas ao final, fechou em queda e atingiu o menor valor desde outubro. Já a bolsa de valores brasileira recuou pela quarta vez consecutiva e permanece no menor nível dos últimos trinta dias.
O dólar comercial fechou a segunda-feira, 9 de maio, sendo vendido a R$ 5,563, o que representa uma queda de 0,14% em relação ao dia anterior. Durante o dia, a cotação chegou a aproximar-se de R$ 5,60 por volta das 10h30, caiu para R$ 5,55 por volta das 15h30 e, no final, fechou próxima da estabilidade, com uma leve queda.
Com esse desempenho, a moeda norte-americana atingiu o menor nível desde 8 de outubro do ano passado. Considerando o mês de junho, o dólar acumula uma queda de 2,74%, e no ano de 2025, a queda acumulada é de 9,99%.
Entretanto, assim como nas últimas sessões, a queda no mercado de câmbio não se refletiu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia em 135.699 pontos, o que significa uma queda de 0,3%. Esse indicador chegou a cair 1,42% às 10h58, mas durante a tarde, ganhou força e diminuiu o ritmo de queda. A bolsa brasileira está agora no menor nível desde 7 de maio.
As negociações desta segunda-feira foram dominadas pela expectativa em torno do anúncio das medidas para compensar a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Foi no fim da noite de domingo, 8 de maio, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que as medidas, a serem anunciadas nesta terça-feira, 10 de maio, incluem o aumento da taxação das empresas de apostas virtuais (bets), o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das fintechs e o fim das isenções para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Nesta tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressou que não há o compromisso de o Congresso aprovar todas as medidas propostas. O parlamentar pediu a inclusão de mais medidas de corte de gastos, em vez de apenas elevações de impostos, demonstrando que as discussões e negociações ainda estão longe de um consenso.
É importante notar que essas medidas fiscais são vistas como essenciais para garantir a saúde financeira do país, mas também enfrentam resistência de diferentes setores, o que pode complicar sua aprovação. A expectativa é que nos próximos dias, o governo e o Congresso trabalhem juntos para encontrar um equilíbrio que atenda às necessidades fiscais do país sem causar impactos negativos desnecessários à economia.
A situação econômica do Brasil, portanto, permanece sob observação atenta do mercado e dos investidores, que aguardam com ansiedade os próximos passos do governo e as reações do Congresso às propostas apresentadas. A evolução desses eventos terá um impacto significativo na economia brasileira e nas decisões de investimento tanto nacionais quanto internacionais.