A economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, alcançando a 13ª expansão consecutiva. Este crescimento foi impulsionado pela indústria e setor de serviços, que apresentaram altas de 0,6% e 0,9%, respectivamente. Já a agropecuária foi o único setor que registrou queda, de 0,9%.
No acumulado de quatro trimestres, o crescimento da economia do país soma 3,1%. O PIB atingiu R$ 3 trilhões de reais. O setor de serviços alcançou patamares recordes, enquanto a indústria se encontra 4,7% abaixo do pico, alcançado no 3º trimestre de 2013.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribui o resultado positivo do trimestre a fatores como o mercado de trabalho, a inflação está acima da meta, mas não está em níveis altíssimos, e o governo continua com a política de transferência de renda.
A alta de 0,9% no trimestre é inferior ao crescimento de 1,4% apurado no segundo trimestre de 2024. A desaceleração fronte a alta do segundo trimestre não é ainda um impacto do aumento, em setembro, da taxa básica de juros, passando de 10,5% para 10,75% ao ano.
A base de comparação é alta, o que faz com que aumentos sejam menos expressivos. Ainda assim, o IBGE destaca que a economia brasileira contou com outros fatores positivos, como a melhora no mercado de trabalho e a política de transferência de renda.
No setor de serviços, as altas ficaram por conta de Informação e comunicação (2,1%); outras atividades de serviços (1,7%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%); atividades imobiliárias (1%); comércio (0,8%); transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).
Na indústria, houve alta de 1,3% nas indústrias de transformação, enquanto construção, eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e indústrias extrativas experimentaram quedas.
O investimento no terceiro trimestre, chamado formação bruta de capital fixo, cresceu 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Os consumos das famílias (1,5%) e do governo (0,8%) também tiveram expansão. As exportações apresentaram queda de 0,6%, enquanto as importações cresceram 1%.
A alta de 4% em relação ao terceiro trimestre de 2023 é a 15ª seguida. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, a indústria cresceu 3,6%, com destaque para construção (5,7%) e indústrias de transformação (4,2%). A agropecuária recuou 0,8%.