Resumo em 600 palavras em português:
A semana passada, o Banco Central (BC) divulgou o Boletim Focus, que inclui a previsão do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. A previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 4,63% para 4,71% este ano e para 4,4% em 2025. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,81% e 3,5%, respectivamente. No entanto, a estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação, que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A partir de 2025, o sistema de meta contínua entrará em vigor, e o Conselho Monetário Nacional (CMN) não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. Em outubro, a inflação no país foi de 0,56%, puxada principalmente pelos gastos com habitação e com alimentos.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que está em 11,25% ao ano. A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Copom aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião.
A taxa básica de juros é esperada encerrar 2024 em 11,75% ao ano, aumentar para 12,63% ao ano em 2025 e reduzir para 10,5% ao ano e 9,5% ao ano em 2026 e 2027, respectivamente. Isso pode dificultar a expansão da economia, pois taxas mais altas podem encarecer o crédito e estimular a poupança.
A previsão das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2024 está subida, de 3,17% para 3,22%. Em 2025, a expectativa é de aumento de 1,95% do PIB (Produto Interno Bruto), e em 2026 e 2027, é estimado um crescimento de 2% para os dois anos. No entanto, a taxa de crescimento da economia brasileira foi superior às previsões em 2022 e 2023.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,70 para o fim do ano e em R$ 5,60 para o fim de 2025.