Até o final de novembro, os brasileiros não haviam sacado cerca de R$ 8,69 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, segundo informação divulgada pelo Banco Central (BC). Os recursos esquecidos totalizavam R$ 17,63 bilhões, dos quais R$ 8,69 bilhões foram transferidos para o Tesouro Nacional a fim de compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027.

A emissão destas informações é feita com uma defasagem de dois meses, e mesmo que a transferência para o Tesouro tenha ocorrido, as estatísticas continuarão a ser atualizadas, incluiendo dados que estavam defasados. Os dados de dezembro de 2023 serão apresentados apenas em 7 de fevereiro de 2024.

Até o final de novembro, 27 milhões de correntistas haviam resgatado valores, o que representa apenas 36,15% do total de 75,832,439 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022. Entre os que retiraram valores, 25,279,680 são pessoas físicas e 2,131,867 são pessoas jurídicas. Entre aqueles que ainda não fizeram o resgate, 44,546,559 são pessoas físicas e 3,874,333 são pessoas jurídicas.

A maior parte dos recursos esquecidos têm valores menores, como mostram as estatísticas: 64,88% dos beneficiários têm direito a receber valores de até R$ 10; 23,68% têm direito a receber valores entre R$ 10,01 e R$ 100; e apenas 1,75% têm direito a receber mais de R$ 1.000.

O SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em novembro, foram retirados R$ 238 milhões relativos a pedidos realizados antes da transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional.

É importante lembrar que os serviços do SVR são gratuitos, não enviam links nem contatam os clientes para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. Além disso, é fundamental lembrar que ninguém está autorizado a pedir senhas, e que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão.