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De acordo com a mais recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de crianças que frequentam escola ou creche no Brasil aumentou no último ano. No intervalo de 0 a 3 anos, o aumento foi de 36% para 38,7%, enquanto entre as crianças de 4 e 5 anos, que são obrigadas a frequentar escola, houve um aumento de 91,5% para 92,9%.
No entanto, mesmo com o crescimento da frequência escolar, o Brasil ainda não atinge a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) que estabelece que 50% das crianças com 0 a 3 anos devem estar matriculadas em escola ou creche. Para atingir essa meta, seria necessário conquistar um salto de 11,3 pontos percentuais frente aos 38,7% registrados em 2023.
A análise da pesquisa também mostra que as realidades são muito diferentes entre os estados. No Rio de Janeiro e no Distrito Federal, 38,3% das matrículas estão em instituições privadas, enquanto no Tocantins e no Acre, esse percentual é de apenas 7,4%.
Além disso, a pesquisa revelou que a frequência escolar é muito desigual entre as regiões. O Sul e o Sudeste registram os maiores percentuais de frequência escolar entre 0 e 3 anos, enquanto no Norte, apenas 20,9% dessas crianças estão matriculadas em instituições de ensino.
Já para as crianças de 4 e 5 anos, os dados apontam para uma recuperação após uma queda da frequência escolar em meio à pandemia de covid-19. Em 2019, 92,7% das crianças dessas idades estavam matriculadas, mas houve uma queda para 91,5% em 2022. No entanto, em 2023, registrou-se uma recuperação e atingiu-se 92,9%.
A evolução mais significativa na frequência escolar de crianças com 4 e 5 anos foi registrada na região Norte, que saiu de 82,8% em 2022 para 86,5% em 2023.
A pesquisa também levantou informações sobre o contexto daquelas crianças que não frequentam escola ou creche em 2023. Na faixa etária entre 0 e 3 anos, 60,7% não estavam matriculadas em nenhuma instituição por opção dos pais ou responsáveis. Além disso, em 34,7% dos casos, a motivação para manter a criança fora da escola está associada a falhas de cobertura, como a falta de vagas ou escolas inseguras.
Já para as crianças de 4 e 5 anos que estão fora da escola, a maioria dos casos (47,4%) é resultado de uma opção dos pais ou responsáveis. Além disso, a principal razão apontada para o abandono escolar foi a necessidade de trabalhar, o que é mais comum entre os homens.
A análise do IBGE também revelou que, em alguns casos, a pessoa deixa de estudar por um motivo e, futuramente, não consegue retomar por outra razão. De acordo com o analista do IBGE, os dados apontam que essa é uma situação que ocorre com muitas mulheres.
Em resumo, a pesquisa do IBGE mostra que, embora o percentual de crianças que frequentam escola ou creche tenha aumentado no Brasil, ainda há muito trabalho a ser feito para atingir as metas do PNE. Além disso, as realidades são muito diferentes entre os estados e as regiões, e o abandono escolar é um problema que ainda afeta muitas crianças e jovens.