A terceira vítima do envenenamento de uma família na cidade de Parnaíba, no norte do Piauí, morreu na madrugada de segunda-feira (6), quatro dias após comer arroz envenenado com a substância tóxica terbufós, conhecida como “chumbinho”.

A vítima, Lauane da Silva, de apenas três anos, estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde quarta-feira (1º), quando consumiu o alimento envenenado com a família. Segundo o laudo da Polícia Científica do Piauí, a substância foi confirmada no organismo da vítima.

O delegado Abimael Silva, responsável pela investigação, confirmou que a substância foi encontrada no arroz e que pode ser encontrada no chumbinho, um pesticida tóxico proibido no Brasil para uso doméstico, embora tenha permissão para uso em lavouras de cana-de-açúcar, amendoim, feijão, entre outros, para controlar pragas.

A família de nove pessoas consumiu o arroz envenenado durante o almoço, feito com sobras do Réveillon. No total, oito pessoas da família foram afetadas pelo veneno, com um óbito até agora.

O primeiro a morrer foi Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, seguido pela segunda vítima, Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses. Oito pessoas continuam internadas: Francisca Maria da Silva, a mãe de Lauane e Igno Davi; a irmã de Lauane, de 4 anos; e outras pessoas.

A investigação é liderada pela Polícia Civil e objetiva elucidar o caso de envenenamento, que é considerado o terceiro em menos de um ano na família, após dois casos em 2024, quando duas crianças morreram após consumirem cajus envenenados.

O delegado disse que, inicialmente, não está relacionando o caso atual com o envenenamento de agosto de 2024, até que os laudos sejam concluídos. No entanto, a suspeita de ser o responsável por entrega dos cajus contaminados no ano passado está presa. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado se houver necessidade.