A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar um policial civil que ameaçou e agrediu a jornalista e apresentadora Natuza Nery, da Globonews, no dia 30 de novembro, durante compras em um supermercado em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Após o incidente, a jornalista acionou a Polícia Militar, que conduziu ambos para o registro de ocorrência no 14º Distrito Policial.

Devido ao envolvimento do policial civil, a Corregedoria de Polícia Civil assume as investigações do caso e apura a conduta do agente, que já foi afastado de suas atividades operacionais. A secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que a Polícia Civil trabalha para investigar e responsabilizar o agressor.

Vários líderes políticos se manifestaram em solidariedade à Natuza Nery, destacando a importância da liberdade de expressão e do trabalho dos jornalistas para a democracia. O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, manifestou sua solidariedade à jornalista e apoiou as autoridades de São Paulo para investigar e responsabilizar o agressor. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, também se manifestou, enfatizando a importância do jornalismo profissional para a democracia e a liberdade de informação.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou que o policial civil já havia sido condenado por atacar urnas eletrônicas e defender um golpe contra a democracia, e que o ataque a Natuza Nery foi motivado pelo fato de ela ser mulher. A Transparência Internacional também se manifestou em solidariedade à jornalista, repudiando qualquer forma de hostilidade contra o exercício do jornalismo.

Essas manifestações demonstram que o ataque à Natuza Nery é um ataque à própria democracia e que o poder público deve agir rapidamente para investigar e responsabilizar o agressor.